Nos útimos tempos me envolvi em algumas leituras sobre filosofia, e acabei descobrindo que existe uma corrente de pensadores que defende a Teoria do Caos, que seria a emergência de padrões, organizações e complexidade à partir do caos, ou ainda, como um leve ruído pode resultar em algo imprevisível, no final das contas.
Esta é uma idéia realmente muito estranha pois estamos acostumado a que as coisas se desorganizem quando não há um padrão dirigindo o processo, e que elas andem perfeitamente quando são guiadas. Na verdade, nem sempre é assim que funciona. Às vezes aquilo que parecia correr muito bem, chega muito mal no fim.
Isso também acontece na nossa vida, quando planejamos várias coisas, e de repente uma única pedra no caminho nos faz desviar longamente do resultado final. E outras tantas, quando nem imaginamos que algo pode acontecer, de repente uma simples postagem no twitter pode abrir um caminho iniminaginável.
Foi mais ou menos este cenário que imaginei ao ler um post hoje no twitter que falava sobre como existe o fanatismo dentro da área de TI aplicado por aqueles que defendem metodologias diferentes de trabalho. Que afirmam sem espaço para dúvidas que a sua metodologia é melhor, que traz benefícios em todos os casos, que deve se sobrepor às demais.
No mesmo momento lembrei de algumas aulas que tive na Pós-Graduação de Gerenciamento de Projetos de TI que concluí há alguns meses. Passamos uma grande parte do curso falando de PMBOK e de como devemos controlar de forma rígida os processos do projeto. Até que certo dia nos chegou um professor, o Abu, que introduziu a metodologia ágil às aulas. No início aquilo tudo parecia sem sentido e paradoxal.
Como conciliar uma metodologia ágil com PMBOK e tirar daí algo que funcionasse realmente. Fizemos alguns projetos em aula, conversamos sobre o assunto, mas as dúvidas permaneceram por longo tempo. Posso dizer que na verdade a temática serviu para nos fazer pensar na possibilidade de utilização destas duas formas de trabalho.
Concluí, ainda que prematuramente, que a idéia deve ser mesmo a de conhecer o máximo possível das possibilidades, e saber fazer um mix daquilo de forma a chegar a uma solução ideal à partir do caos que aparenta ser. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Talvez extrair um pouco de metodologia àgil, e um pouco de PMBOK nos faça atender ao cliente de maneira mais eficaz do que se adotarmos dogmaticamente apenas um caminho que pode ser desviado por uma única pedra.